O leque, objeto usado desde a mais remota antiguidade, pois
aparece nas pinturas murais do Egito e da Assíria existe, pelo que se presume,
há mais de 3 mil anos.
Várias são as lendas que correm sobre a sua invenção. Dizem que Cupido, o deus do amor, inebriado pela beleza de sua amada Psique, furtou uma asa de Zéfiro, o deus do vento, para refrescar sua amada enquanto dormia. A versão chinesa atribui a Kan-Si, filha de um poderoso mandarim, a criação do leque, uma vez que, não mais suportando o calor durante um baile de máscaras, e não podendo expor seu rosto aos olhares indesejáveis, dele se serviu para abanar-se, tendo logo seu gesto imitado por outras damas do baile.
Várias são as lendas que correm sobre a sua invenção. Dizem que Cupido, o deus do amor, inebriado pela beleza de sua amada Psique, furtou uma asa de Zéfiro, o deus do vento, para refrescar sua amada enquanto dormia. A versão chinesa atribui a Kan-Si, filha de um poderoso mandarim, a criação do leque, uma vez que, não mais suportando o calor durante um baile de máscaras, e não podendo expor seu rosto aos olhares indesejáveis, dele se serviu para abanar-se, tendo logo seu gesto imitado por outras damas do baile.
As principais civilizações desde a Antiguidade fizeram uso dele,
como o Egito, Assíria, Pérsia, Índia, China, Grécia e Roma, tendo ele sido
utilizado como símbolo de poder em sua essência. As ventarolas foram as
primeiras a chegarem à Europa durante os séculos XII e XIII provenientes do
Oriente através das Cruzadas. Porém foi apenas no século XVI, quando os
portugueses trouxeram os primeiros exemplares das suas colônias da Ásia, que se
iniciou de fato a moda de seu uso na Europa. Sendo assim nos séculos XVII,
XVIII e XIX tornaram-se um complemento indispensável à vaidade feminina,
invadindo salões e despertando paixões.
Fabricados de diferentes materiais e técnicas como o
marfim, a madrepérola, o charão, a tartaruga, as madeiras perfumadas, as
plumas, os tecidos e os papéis pintados em litografia aquarelada ou têmpera. Com
cenas de gênero galantes, mitológicas, campestres ou orientais, muitas vezes
retratando momentos históricos. Dentre tantas variações temos os comemorativos,
de penas, plumas, com rendas, com tecido, tipo “baralho”, “mandarim”, com papel
e as ventarolas.
Os leques ainda é um acessório pouco usado aqui no
Brasil, por causa dos nossos costumes, aliás, falta deles, mas na Europa é mais
comum e nos países orientais. O leque é uma peça fundamental para as
mulheres Espanholas, pois na antiguidade elas o usavam para se comunicar, com
muito charme e elegância e causar um ar de mistério, usando uma linguagem de
códigos para comunicar com seus namorados e pretendentes com mais discrição. Às
vezes as formas de pegar no leque ou até de se abanar para afastar o calor, era
uma forma de dizer alguma coisa como, por exemplo:
Eu te amo- Esconder os olhos com o leque aberto;
Quando nos veremos? Deixar o leque aberto no colo;
Não me esqueça- Tocar os cabelos com o leque fechado;
Adeus- Abrir e fechar o leque;
Estes são alguns exemplos usados pelas mulheres da época,
mas por ai vai, tem muitos outros. O leque também tem sido usado em casamentos,
isto mesmo pelas noivas, e não é que fica um luxo. Até nos dias de hoje o leque
tem seus dizeres, mas ele foi símbolo de status. Maior era o leque mais poder
as mulheres que os usava tinha, alguns chegavam a ter pedras preciosas.
Já algumas pessoa dizem que ele é oriundo da China, de onde se espalhou para o
mundo.
O leque neste país fazia parte integrante do vestuário, sendo símbolo de dignidade e poder. Os primeiros leques eram feitos de penas. Dada sua proximidade à China, logo passou a ser usado no Japão. Para cumprimentar uma dama, o cavalheiro levantava o leque.
Três eram os leques no país: o gun-sen (de varetas de ferro), na-ogi (com 10 varetas) e o rekin-ogi (composto de três varetas).
O leque neste país fazia parte integrante do vestuário, sendo símbolo de dignidade e poder. Os primeiros leques eram feitos de penas. Dada sua proximidade à China, logo passou a ser usado no Japão. Para cumprimentar uma dama, o cavalheiro levantava o leque.
Três eram os leques no país: o gun-sen (de varetas de ferro), na-ogi (com 10 varetas) e o rekin-ogi (composto de três varetas).
O leque está presente na vida dos japoneses e
chineses desde o nascimento, passando por momentos importantes como o
casamento, até o funeral.
A maioria das danças folclóricas chinesas tradicionais
pode ser datada entre 4 mil e 6 mil anos atrás. A dança do leque chinesa formal
surgiu há 2 mil anos e foi desenvolvida durante a dinastia Han.
De acordo com o livro mais antigo da história japonesa, Kojiki (Registro
de Casos Antigos), a dança nasceu quando Amaterasu Omikami, Deusa do Sol,
escondeu-se em uma caverna, depois de brigar com o irmão, Susano-o. Deixados no
frio e no escuro, os outros deuses começaram a dançar em volta da caverna para
atrair a atenção de Amaterasu, para que ela saísse do esconderijo. O artifício
funcionou: curiosa, ela saiu da caverna e o sol voltou a brilhar. Shibu
ou Senbu (dança do leque) é o termo japonês que designa a dança que acompanha o
shiguin, apresentação que se integra à música e à recitação de um poema. O
dançarino ou dançarina costuma usar um leque para acompanhar a sua
movimentação, os movimentos costumam ser de artes marciais.
Catharina de Médicis introduziu seu uso em França, que
foi logo aceito por Henrique II que aprimorou sua confecção, incumbindo
para isto renomados artistas e pintores.
No reinado de Luís XIV foi considerado pela corte objeto
indispensável à elegância, tendo variado de tamanho e na originalidade
de feitios. O instinto feminino deu
uma utilidade imprevista ao leque, cuja perfumada sombra era usada como transmissora de mensagens entre namorados ou amantes.
uma utilidade imprevista ao leque, cuja perfumada sombra era usada como transmissora de mensagens entre namorados ou amantes.
A igreja grega, ao ordenar seus padres, presenteava-os com
um leque de ébano ou sândalo, madeiras aromáticas para que eles se abanassem
durante os ofícios.
Eis uma frase de Madame de Stäel,
uma dama da sociedade francesa, a respeito do leque:
" Há tantos modos de se servir de um leque que se pode distinguir, logo à primeira vista, uma princesa de uma condessa, uma marquesa de uma routurière. Aliás, uma dama sem leque é como um nobre sem espada".
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